No capítulo 5 de Isaías, surge a parábola da vinha. Os dois atores definidos são: a vinha que é a casa de Israel e os frutos que são os homens de Judá. Ele define tudo o que aconteceu desde a plantação até a safra. Durante esse processo, muita coisa aconteceu nesse período e o profeta descreve. O autor diz com plena certeza que Deus fez todo o possível para o povo não viver como é descrito.
De forma que, ele descreve não haver juízo e justiça (v7). Há um desejo desenfreado por riqueza (v8), tornaram a bebedice e desejo por festas como estilo de vida (vv11-12) e desprezo pela obra de Deus. Além disso, ocorreram consequências pelo cenário descrito: cativeiro (v13), morte (v14), humilhação (v15) e os famosos AÍS (v20ss).
Sem dúvida, que o cântico de Isaías não é uma melodia, que os ouvidos apreciem. Antes, agridem pela força da veracidade de cada verso. Mas, o povo não deveria reclamar e ainda diz o motivo: primeiro, Deus fez absolutamente tudo por Israel; segundo, a mão de Deus continua estendida ao povo.
O que Isaías queria dizer é: se a intenção de todos era serem inimigos de Deus, conseguiram essa façanha, provou a causa do cenário e das consequências a saber: Rejeitaram a Lei do Senhor e Desprezaram a Palavra do Santo de Israel (v24).
Assim, o povo (criado por Deus, que fez aliança, chamou de filho, etc…) se fez inimigo de Deus.
REJEITARAM A LEI DO SENHOR:
O autor afirma, que a Lei foi literalmente rejeitada (não queremos esse estilo de vida) e refutada (os outros deuses tem ensino melhores, sobretudo na liberdade). Não há dúvidas de que a ação foi completa e o sentido foi de reprovação de toda a direção, instrução e lei, incluindo os oráculos de Isaías. A ideia preponderante foi de descartar a lei, negando totalmente o que está escrito ou o que foi passado oralmente para eles e que se recusaram a se submeter ao ensino do Senhor dos Exércitos. Com isso, o autor está debulhando o milho, sem medo de pronunciar o que recebeu, e denunciou o fato de o povo não temer nem aquele que está pronto com numeroso exército, para os repreender.
É exatamente isso que acontece com quem rejeita a Lei de Deus. Fica sem nenhum governo e faz do estilo de vida uma afronta. Observe, que a Lei não foi dada por qualquer ser, mas pelo único e poderoso, que tem autoridade não somente moral para julgar ao povo, porque o criou, mas também, tem o poder e a energia, para punir a nação.
DESPREZARAM A PALAVRA DO SANTO DE ISRAEL
O autor foi mais longe ainda ao afirmar que, o povo tratou com desprezo a palavra de Deus, blasfemando e desdenhando dela. Tudo o que fora dito por Deus, através do seu profeta e pela história de Israel, foi jogado no lixo. Literalmente, o povo se colocou moralmente superior ao Santo de Israel.
É um trocadilho do profeta aqui, ele está denunciando a atitude vil e covarde do povo de se achar superior moralmente ao Deus de Israel. Comparativamente, era como se o povo dissesse que sua conduta e o que aprenderam com os outros povos, era melhor. Em outras palavras, o desdém e a blasfémia acerca da palavra do Santo de Israel significava aos olhos do povo, o termómetro da sua qualidade moral.
Isaías, em obediência ao Deus de Israel, denunciou a atitude e a jactância do povo. Lançou na cara o estilo de vida de quem é inimigo de Deus. Não se acovardou diante da realidade. Foi ao âmago do problema e não escolheu as melhores palavras para não agredir o ouvido de quem estava presente. Seu zelo por sua vocação e a sua atitude, revelaram de que lado ele estava.
DESTAQUES:
1. Deus não deixa sem correção os que pertencem a Ele. Jamais aceitará uma conduta fora dos seus padrões, Lei e palavra. É a vara de medir.
2. As coisas que aconteceram com Israel, nos despertam ao exame de nós mesmos. Nossa murmuração não é fruto de acharmo-nos moralmente melhores que Deus?
3. Não pense, que Deus não sabe a atitude interior em relação ao seu ensino. Ele sabe o que nos move no interior. Portanto, os dois caminhos foram postos, resta saber qual será a decisão.
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